quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quem defende bandido afinal?



Certo dia, ao fazer um comentário sobre a questão dos direitos humanos fui acusado por um internauta de DEFENDER BANDIDOS. Por isso eu agora pergunto:

Defende bandido aquele que aponta o equívoco dos linchamentos publicos, a tortura e a violencia policial, as execuções e as prisões ilegais de marginais pé-de-chinelo e batedores de carteira?

E as vítimas de crimes violentos magoadas e rancorosas a ponto de perder os princípios da civilização em nome da vingança, elas não são um risco, mesmo que moderado, para a sociedade?

As pessoas violentas e grosseiras que estão sempre em busca de um bode expiatório para descarregar a sua agressividade e o seu ódio descontrolado, deveriam ser uma referencia na defesa dos cidadãos?

Defendem bandidos os que ignoram os policiais corruptos que costumam até se aproveitar dos marginais para obter pequenas vantagens durante o serviço?

Defendem bandidos os que ignoram os bandidos perigosos adultos ou não, que se valem de viciados e/ou menores de idade para ampliar sua vantagem no mundo dos crimes?

Defendem bandidos os que ignoram os bandidos ricos e perigosos que comandam verdadeiras centrais do crime, inclusive com a tática de se preservar colocando entre si e a justiça, os bandidos mais frágeis e manipuláveis, sem esquecer os policiais corruptos usados, inclusive, como segurança privada?

Sim, e ainda por cima, estão ao nível dos bandidos, os politicos sem idéias, propostas ou plataformas que aproveitam o sucesso de algumas idéias burras e que tem forte apelo popular, que usam temas como a maioridade penal, pena de morte ou armamento da população, para angariar votos das pessoas com mente fraca e levadas por campanhas midiáticas.

Essa constituiu-se em uma forma fácil de conseguir votos em eleições, basta ter bastante cara de pau ou acreditar suficientemente nessas tolices, a ponto de defendê-las em emissoras publicas ou em plenários parlamentares. Nem precisa estudar muito, afinal, estudo é coisa de que o povão não curte muito.

Uma legítima preocupação com a segurança pública não pode se limitar a linchamentos publicos ou midiáticos grosseiros e precipitados, há que se observar o tramite jurídico adequado ao tratamento dos crimes, com o intuito não só de evitar a punição de inocentes, mas para dar viabilidade e transparencia às investigações onde os verdadeiros culpado pelo problemas, estejam eles ou não evidentes, nos processos, possam ser encontrados processados e exemplarmente punidos. A complexidade do processo jurídico não deveria, como acusam alguns, promover a impunidade, mas, pelo contrário, punir de forma eficaz e civilizada a qualquer um de infingir a lei, seja pobre ou rico.

Se isso não ocorre, é porque os problemas não são atacados onde eles podem ser resolvidos, mas fica-se querendo "mostrar serviço" com propostas imediatistas e de apelo popular que em nada contribuiem com a efetiva solução dos problemas.

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